Álvaro de Sá.
"[...]O italiano fez que não tinha visto o gesto de ameaça; continuou:
-Assim tudo se explica. Recebestes uma ordem; foi de D. Antonio de Mariz, sem dúvida?
-Não sei que nenhum outro tenha direito de dar-me, replicou o moço com arrogância.
-Naturalmente por virtude desta ordem, continuou o italiano cortesamente, partiste do Paquequer em uma segunda-feira, quando o dia designado era um domingo.
-Ah! Também reparastes nisto? perguntou o moço mordendo os beiços de despeito.
-Reparo em tudo, sr. cavalheiro; assim, não deixei de observar ainda, que sempre em virtude dea ordem, fizestes tudo para chegar justamente antes do domingo.
-E não observastes mais nada? perguntou Álvaro com a voz trêmula e fazendo esforço para conter-se.
[...]
-Ao contrário, é o mais natural possivel; um moço que apanha uma flor ou um homem que passeia de noite à luz das estrelas... Pode haver coisa mais simples?"
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