Álvaro de Sá
"-E por que não confessais? Não vos mereço confiança? Tendes em mim um amigo.
-Se fosseis!...
E os olhos de Isabel cintilaram
[...]
-D. Isabel!
A moça tirou as mãos do rosto, tinha as faces inundadas de lágrimas.
-Por que chorais? perguntou Álvaro surpreso.
-Não me pergunteis!...
-Escondei-me tudo! Deixais-me na mesma dúvida! O que me fizeste vós? Dizei!
-Quereis saber? perguntou a moça com exaltação.
-Tanto tempo há que suplico-vos!
-Me perdoareis?
-Sim! Mas por quê?
[...]
-Porque... vos amo!
Álvaro ergue-se como se os lábios da moça tivessem lançado nas suas veias uma gota de veneno sutil dos selvagens que matava com um átomo.
[...]"
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