quinta-feira, 10 de maio de 2012

Inesperado...

Após um pedido de Cecília, juntei-me a ela e a Isabel para um passeio... Cecilia se retirou para falar com D. Antonio e então conversando com Isabel, me surge uma revelação: Isabel, após chorar deliberadamente e implorar que eu a perdoe, diz que me ama! Amar a mim! Sinto porém que em busca de expor que o sentimento não era mútuo posso ter ferido os seus sentimentos, ao dizer-lhe " Aceitai-me por vosso irmão.".
Álvaro de Sá

"-E por que não confessais? Não vos mereço confiança? Tendes em mim um amigo.
-Se fosseis!...
E os olhos de Isabel cintilaram
[...]
-D. Isabel!
A moça tirou as mãos do rosto, tinha as faces inundadas de lágrimas.
-Por que chorais? perguntou Álvaro surpreso.
-Não me pergunteis!...
-Escondei-me tudo! Deixais-me na mesma dúvida! O que me fizeste vós? Dizei!
-Quereis saber? perguntou a moça com exaltação.
-Tanto tempo há que suplico-vos!
-Me perdoareis?
-Sim! Mas por quê?
[...]
-Porque... vos amo!
Álvaro ergue-se como se os lábios da moça tivessem lançado nas suas veias uma gota de veneno sutil dos selvagens que matava com um átomo.
[...]"

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